27/02/17

© Richard Kalvar/Magnum


The truth is that more I know, the more questions I have. The more questions questions I have, the more I read, and that reading creates further questions. It never stops. What I ask from the reader... is openness, warinesss of prejudice, and a willingness to travel with me to places where the ground may be rocky and the views hazy, but dispate, or perhaps because of, these difficulties, there are pleasures to be found.

Siri Hustvedt, in A Woman looking at Men Looking at Women - essays on Art, Sex, and the Mind

22/02/17

© Justin Tallis / AFP, 2016

"A política..., no fundo, para que serve a política?! Porque precisamos de elites políticas? Porque no fundo o tempo é uma espécie de grande oceano. Os povos navegam num gigantesco oceano que é sempre um oceano de incertezas chamado tempo. E os políticos deveriam ser os nossos navegadores. Os nossos argonautas. E quando os governos funcionam bem, nós temos governos com visão. Temos lideres que têm visão (...) capazes de ver para lá do horizonte imediato. A questão fundamental é que nós, na Europa, há pelo menos 6 ou 7 anos que riscámos do léxico político-europeu a palavra FUTURO. Inclusivamente até riscámos do léxico europeu a ideia de FUTURO COMUM. A ideia de PAZ. De SOLIDARIEDADE. E quando a política deixa de ter uma ideia de comum, quando, no fundo, a política deixa de ser concebida como a capacidade de unir as pessoas, na sua diferença, em nome de um projecto de futuro, essa política tem de ser alterada."  

Viriato Soromenho-Marques, in Europa 30 - Democracia

09/02/17

© AP | Queda do Muro de Berlim, 1989


Uma vez que a vida é movimento, acontece regularmente uma inadequação entre o que nós devemos fazer e o que queremos fazer, que se manifesta num desejo de ultrapassar os limites [molduras] que se nos põem. Se se der largas a esse desejo, surge um período de desordem antes de serem estabelecidos novos limites para a vida. É assim na vida individual, chama-se revolta adolescente, e na vida cultural, chama-se revolta de uma geração, revolução ou guerra. O que há de comum em todos estes movimentos é o anseio pela autenticidade, pelo verdadeiro, que simplesmente é o lugar em que as representações da realidade são uma e a mesma coisa. Ou por outras palavras, uma vida, uma existência, um mundo sem molduras, sem limites.


Karl Ove knausgård, in No Outono

07/02/17


Gem Club - In Roses, 2014


Feliz aquele que administra sabiamente 
a tristeza e aprende a reparti-la pelos dias...

Ruy Belo

04/02/17

© Daniela Spector, 2017


"... dou comigo a pensar no ditador, que num dia controla tudo poderosamente e que no seguinte, quando o povo se revolta, fica desmascarado e nu."

Karl Ove knausgård, in No Outono